Caminhos que se cruzam e se perdem
Memórias do que não mais ficou...
Assim como gaivota,
Que migra e muda de rota
A casa troca de estação,
Assim também é o coração
Que as vezes é inferno,
As vezes verão.
As páginas escritas
Marcam o que foi importante
E as memórias dançam
Num baile de vai e vem,
Constantes.
As que partem de vez,
Certamente não foram importantes.
Essas não passam
De um breve talvez.
Já as dançarinas,
Nos acompanham na caminhada,
Morro acima,
E viram suporte para o novo.
Elas giram, rodopiam,
Num looping infinito,
De alegria e saúde,
Que levam valsa
Por toda parte.
- Tamires Carvalho -